domingo, 29 de dezembro de 2013

Que venha 2014


Que venha 2014, porque eu tou cuspindo fogo. 2013 foi ano de fazer das tripas coração. E também pulmão e pele e hálito e cérebro e pés (agora cheios de escamas de tanto nadar em águas profundas).

Que venha 2014 porque este dragão germinando na garganta quer falar, crescer, voar e derreter o ferro das velhas correntes - somente para mais tarde forjá-las em belas jóias de adornar a alma. Um bracelete das cinzas da outra vida é sempre um lembrete para não repetir os velhos erros.

Que venha 2014, pois em 2013 eu morri algumas vezes, mas remendei os pedaços caídos  e no processo descobri do que sou feita: de medo e auto-dúvida, mas também de resiliência, coragem e sonho. Cabe a cada um fazer das cicatrizes um fardo ou um belo colar. Minha opção é clara: eu escolho a beleza, sempre.

Que venha 2014, pois já sinto a leveza no ar e me permito ser bailarina alada destas doces brisas mornas, voando em busca de graça e recebendo o mundo como ele é. O tempo da fabricação de ilusões nada mais é que um punhado de memórias.

Que venha 2014, pois 2013 foi um túnel longo, longuíssimo, por oras frio e escuro, mas ousei atravessá-lo e já escuto as sinfonias das conquistas que me esperam. O volume, meus caros amigos, só cresce a cada passo. Há tanta música no mundo e eu não consigo encontrar horas suficientes para dançá-las.


Que venha 2014, pois o fogo que sai de dentro não tem água nem sonrisal que possa apagar. Como é bom queimar na fogueira das renovações e descobrir que é possível parir uma fênix. E nela fundir-se.